quarta-feira, 6 de abril de 2011

Entendendo os paramentos da Ordem DeMolay

Queridos Irmãos, hoje daremos início ao término do nosso Programa de estudos DeMolay para a tão importante elevação. Começaremos a aprender hoje, dentre outras informações, o significado das insígnias e capas que usamos. Aproveitem mais este post, que leva à vocês informações espetaculares e vitais para qualquer DeMolay.

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PARAMENTOS DA ORDEM DeMOLAY


Paramento é sinônimo de adorno, enfeite, ornato, Veste Liturgica. São os paramentos de real importância e imperiosa necessidade, no código de símbolos das Sociedades Iniciáticas.
São considerados como paramentos Demolay as Capas e Jóias dos Oficiais e a vestimenta alvinegra. Podemos considerar que as vestimentas e outros objetos simbólicos são uma parte essencial da Cerimônia. Entrando no Ritual no “despimos”, por assim dizer, de nossa personalidade cotidiana e vestimos uma versão Mágica que corresponde ao Rito( Rito = Regras e cerimônias próprias de uma Sociedade Iniciática ou religião). Nisso, somos auxiliados pela vestimenta e pelos Símbolos. Os símbolos principais são parecidos com as cartas de Tarô ou com a Cabala: O Bastão; Varinha Mágica ou Lança; a Taça; Caldeirão ou Cálice; a Espada, faca ou Flecha. Outros símbolos comuns são a chave, o espelho, o anel, a salva, a lâmpada, a faixa e assim por diante, sem falar dos muitos tipos de incensos que podem ser queimados. Em sua maior parte esses símbolos são muito antigos e estão profundamente arraigados na psicologia humana, mas, em termos práticos, seu real valor está na constância com que trabalhamos com eles e na Meditação. Como um violonista, um Mago deve “Construir suas próprias notas” e, sem uma prática preliminar e diligente do “Exército dos cinco dedos” do ocultismo, qualquer tentativa prematura de realizar um ritual pode resultar tão desgastante como os esforços de algum violinista amador.
Ao trabalharmos, sistematicamente, com diversos símbolos durante a meditação, de maneira que cada símbolo exerça um efeito cumulativo que vai além do lampejo a percepção profana.

As Capas


As capas são paramentos de uso particular e exclusivo dos 23 Oficiais do Capitulo. Nenhum DeMolay, que não seja Oficial Liturgicamente Investido, deverá usar a Capa DeMolay, exceto em casos de substituições.
A capa possui o mesmo símbolismo do Manto, antes de tudo é um símbolo da nobreza e realeza. Sabemos que a Ordem DeMolay nasceu do respaldo dos Altos graus da Maçonaria, dos chamados “Príncipes do Real Segredo”, da “Nobreza Maçônica”. Por outro lado, espiritualista e iniciático, o Manto é um símbolo de proteção, dada pela sabedoria adquirida; suas cores em harmonia e inter-relaçào revelam um profundo sentido esotérico.
O lado interior da capa simboliza o sacrifício interior do “Eu”, para o aprimoramento e evolução, nos lembra o sangue derramado pelos templários, em defesa da fraternidade, da verdade, da justiça. O vermelho é também uma cor que representa a “Energia latente”, em constante movimento, a saúde, a força, portanto o Jovem em sua potencialidade.
Sabemos que o branco é a união de todas as cores do espectro solar, é a luz em sua plenitude e, em contrapartida, o preto é a ausência completa de luz, o vazio, o nada. A cor preta exterior da Capa, associa-se à Simbologia do numero zero. O zero está conectado misteriosamente com a Unidade, entendido como o seu oposto e reflexo. O zero simboliza tudo aquilo que existe em estado latente e potencial e potencial. Do ponto de vista da existência humana, simboliza a morte como o estado no qual as forças da vida são transformadas, portanto, para a antiga “Vida Profana” e renascem na “Senda Iniciática da Luz”, aproximando-se no “Estudo do Universo”.
Vale ressaltar que nosso “Eu Interior”, representado pela cor vermelha, exerce nítida influencia no Mundo externo, nas transformações externas, no Universo, representado simbolicamente na Orla Vermelha que se externa na capa, em perfeita harmonia com o acontecimento adquirido no “Estudo dos Mistérios”.

A Vestimenta Alvi-Negra

A vestimenta alvi-negra(Camisa social branca, gravata, calça, sapatos e meias pretas), utilizadas pelos jovens DeMolays em suas reuniões ritualisticas, nos templos Maçônicos, é o símbolo da dualidade e da perfeita harmonia dos opostos, nas Leis naturais do Universo. É o emblema do Eco, reflexo, conflito ou contraposição de forças antagônicas. Simboliza a qualidade positiva-negativa de todas as coisas existentes. Cada elemento na natureza tem seu oposto: Espirito-Matéria; Luz-Sombra; Vida-Morte; etc...
Vale ressaltar que a vestimenta DeMolay alvi-negra, não é utilizada com frequência em outros países, tendo sido convencionada buscando uma melhor apresentação na uniformização da Ordem. Na atualidade, a exemplo do Brasil, a vestimenta alvi-negra está começando a ser utilizada nos Estados Unidos.

Mestre Conselheiro

A insígnia do Mestre Conselheiro corresponde a dois malhetes cruzados. O Malhete é um símbolo do Poder, análogo ao do Martelo e ao Bastão, representa a autoridade da Assembléia, formada pelo Capítulo, centralizada no Mestre Conselheiro. O segundo Malhete na insígnia é um símbolo oculto de elevada importância, representa a influencia superior dos “Mestre Ocultos”, ao Mestre Conselheiro que se demonstrar digno no exercício do seu cargo; quando isso acontece o Mestre conselheiro torna-se um foco de Luz, irradiando uma sabedoria que pode até surpreender a alguns, representando a tarefa dupla de Dirigente e Sacerdote. Por outro lado, o segundo Malhete é também representativo do patrocínio maçônico à Ordem DeMolay, simbolizando a união da Maçonaria à Ordem DeMolay no preparo das novas gerações.

1° e 2° Conselheiros

Nas insígnias dos dois Conselheiros encontramos apenas um Malhete, simbolizando justamente a liderança, por serem os mesmos substitutos imediatos do Mestre Conselheiro sem, ainda, estarem aptos a receber a Luz do Oriente diretamente.

Escrivão ou Secretário

Possui como insígnia uma caneta, símbolo moderno análogo à “Pena”, utilizada pelos antigos na Arte da Escrita. Representa o Guardião sagrado da História, registrando os acontecimentos do presente, para serem utilizados como base e exemplo para o futuro.

Tesoureiro

Tendo como a insígnia a Chave, o Tesoureiro representa uma ligação mística com o “Tesouro dos Templários”. Sabemos que o tesoureiro é o responsável pelo “Tesouro” do capitulo, suas finanças de um modo geral; porque então ter como insígnia uma chave ao invés de um cofre ou outro símbolo qualquer? A insígnia do tesoureiro nos demonstra que o maior Tesouro não é o dinheiro ou bens materiais, mas sim, aquele mesmo que nos é legado pelos Templários, que não foi encontrado por Filipe o Belo. A chave é o símbolo da Iniciação e do Saber; nas escolas tradicionais antigas, a chave continha significação muito importante: Recordava, aos candidatos à Iniciação, a obrigação do silêncio e prometia aos Profanos a revelação de Mistérios profundos e quase impenetráveis. Este é o verdadeiro Tesouro da Ordem DeMolay.

Hospitaleiro

Tendo como a insígnia uma sacola, representativa dos fundos financeiros ou materiais dos DeMolays, sempre colocados ao dispor do auxilio mútuo e dos desamparados pela sorte. O hospitaleiro é o emblema da Guarda dos Princípios Sagrados da Fraternidade. O Hospitaleiro é o responsável pela filantropia do Capitulo, e por manter o capitulo informado da sorte e saúde de algum Irmão adoentado. Por tal motivo ele levará consigo a Sacola do capítulo, com os Fundos necessários a um possível socorro.

1° e 2° Diáconos

Tendo como a insígnia a ave. Em todas as escolas esotéricas ou religiões, as aves representam significados simbólicos importantes. O Pássaro, como ser alado, é o emblema da espiritualidade e da alma humana. Nas escolas místicas, representam também hierarquias angelicais, espíritos ou forças espirituais, geralmente destinadas a auxiliar o Homem. Na Alquimia os pássaros simbolizam as energias em atividade; voando para o céu expressam a fase alquimica da sublimação e a volatilização; descendo para a terra representam a destilação. Os pássaros, por viver no céu e na Terra, apresentam, ainda, o significado de “Mensageiros de Deus”, capazes de estabelecer uma ponte entre a Terra e o Céu, eles têm vital importância em nosso Ritual; Recolhem a palavra do dia, a palavra de passe, é o 2° diácono que certifica quem bate a porta, é o 1° que conduz os candidatos na Iniciação, é quem ascende as velas representando as Sete Virtudes Cardeais.

Capelão

Possui como insígnia o Livro Sagrado, que deve ser aquele onde cada um julgue existir as Verdades pregadas pelos Profetas de sua Fé. Ele é o Guardião dos Sagrados Mandamentos, escritos simbolicamente no Livro com suas páginas abertas.

Mestre-de-Cerimônias

Possui como insígnia dois bastões cruzados. O Bastão é um atributo do Poder, semelhante ao Malhete. O Poder, neste caso, é de sua cunho mágico, pois cabe ao Mestre-de-Cerimônias a coordenação e orientação de todas as procissões previstas no ritual. O Mestre-de-Cerimônias é como o “Pastor” a conduzir as ovelhas, é o líder liturgico de todas as cerimônias, tendo o Duplo Bastão significado análogo ao duplo Malhete do Mestre Conselheiro. Devido a tal fato o Mestre-de-Cerimônias é um dos únicos Oficiais que pode cruzar a Linha Imaginária existente entre o Altar e o Mestre Conselheiro, funcionando o Bastão como um “Para-Raio” harmonizador das Energias centradas na Linha Imaginária.

Porta-Bandeira

Possui como insígnia uma bandeira ou estandarte. As bandeiras exercem uma influência muito grande sobre os indivíduos e as multidões, principalmente se estas representarem os Países, objeto de uma afeição de natureza mística, capaz de concorrer para o desenvolvimento do amor à causa que encarnam. O Porta-Bandeira representa nosso amor ativo na causa da Pátria e na causa da Ordem.

Preceptores

Em número de sete, cada preceptor possui como insígnia a Coroa da Juventude pois cada preceptor é o guardião de uma das Jóias representativas das Sete Virtudes Cardeais da Ordem DeMolay. De acordo com o dicionário Aurélio, preceptor é aquele que ministra preceitos ou instrução; é Guardião e Ministro da Base Filosófica da Ordem DeMolay, das virtudes Cardeais que sustentam todo o Edifício da Sabedoria DeMolay.

Mestre-de-Harmonia

Possui como insígnia uma Harpa. Sabemos que a música sempre serviu de instrumento para a harmonização de ambientes onde o Homem buscou a Meditação e a compreensão dos Mistérios Sagrados. O significado simbólico da harpa é o de ponte entre o mundo celeste e a Terra. Na Grécia simbolizava a união das forças cósmicas, a função atual do Mestre-de-Harmonia.

Sentinela

Possui como Insígnia duas Espada cruzadas. Símbolo na Magia no Misticismo Medieval, a espada representa o Espirito ou a Palavra de Deus. A espada, do ponto de vista esotérico, representa o Extermínio físico e a determinação psíquica dentro do caminho cósmico do sacrifício. O símbolismo da espada está ligado também à idéia da ação e da justiça. A espada na insígnia do Sentinela e a utilizada pelos mesmos, antes de serem para afastar intrusos da Porta de nossos Capítulos e Templos, pouco prováveis, nos tempos modernos, é antes de tudo um símbolo do sacrifício. Simboliza que haveremos de deixar fora do Templo sentimentos impuros e/ou menores, para buscarmos a Evolução do nosso “Eu Interior”. A duplicidade das espadas representa a segunda espada “Oculta”, utilizada quando da realização de nossos trabalhos, onde o Sentinela funcionará como um Para-Raio, impedindo e combatendo inconscientemente as Energias negativas que buscam ingresso no templo Sagrado.

Orador

Possui como insígnia um Papiro. Sendo o papiro onde eram gravadas as máximas da Sabedoria, nas grandes Civilizações da Antigüidade ele é um símbolo do conhecimento. O orador, como detentor do conhecimento do emprego do “Verbo”, esotericamente possui grande poder em suas palavras. Deve pois o Orador se pronunciar ao término de todas as Sessões, dando o seu parecer sobre a mesma.

1° e 2° Mordomos

Cada mordomo possui como insígnia uma Cornucópia. A Cornucópia é um símbolo dos Antigos, onde se levavam alimentos e, conforme a lenda, por mais que se utilizassem os alimentos mais haveriam de ser utilizados. De acordo com o dicionário Aurélio, Mordomo é o administrador dos bens da casa, irmandade, confraria, etc.... Os Mordomos além de executarem suas tarefas especificas no ritual, são justamente os responsáveis pelo zelo e com cuidado com os utensílios, objetos e bens do Capítulo. Se os Mordomos executarem bem sua tarefa nada faltará ao Capítulo.

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Que o Grande Arquiteto esteja conosco,
Capítulo Obreiros do Século XXI

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