segunda-feira, 21 de março de 2011

Contexto Histórico

Caros Irmãos Iniciáticos, hoje começaremos a preparação para a sua elevação. Como início de estudo, teremos pela frente o conhecimento do contexto histórico ( cruzadas, etc.. )  

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Fundamentos da Sociedade Medieval e as Ordens Militares e Religiosas


A idade Média


Não havia nada mais heróico que o galopar do cavalo de um Templário, em meio ao som dos estandartes desfraldando, trombetas bradando e o fragor das armas, onde o campo de batalha transformava-se em um poço de honras e riquíssimos seqüestros, porém isso esfriou com a sanção da igreja, onde surgiu as poesias Cavalheirescas, regras de cortesia, conduta e moral, elaborando-se assim um rigoroso ritual, com significados simbólicos, nos quais, desde criança, o futuro cavaleiro já se submetia.
Os cavaleiros eram nobres mas nem todo nobre era cavaleiro, pois era necessária uma cerimônia especial, para a qual o cavaleiro se preparava dos 7 aos doze anos, onde aprendia a cavalgar e manejar a lança e a espada( era denominado pajem), depois era promovido à escudeiro e vivia ao lado do seu senhor, acompanhando-o nas batalhas e usufruindo de suas vitórias e derrotas.
O escudeiro poderia receber as esporas de cavaleiro, pelo seu comportamento em batalha ou por uma festa realizada na corte.
Na noite anterior da cerimônia, o “iniciado” passava a noite(esta noite era chamada de “VIGÍLIA D’ARMAS”) orando em pé ou de joelhos e ouvindo os sermões de cavaleiros lembrando-o das suas futuras obrigações, ao alvorecer, tomava um banho como libertação simbólica de seus pecados e vestia uma túnica branca(símbolo da pureza) e uma camisa vermelha(como sangue que os outros cavaleiros já derramaram) e um gibão ou calças negras(lembrando que a morte estava sempre por perto).
Só então era conduzido à igreja, onde o mais velho cavaleiro lhe entregava a espada e o sacerdote perguntava: “por que motivos queres tornar-se cavaleiro? Para ficar rico? Vai-te não és digno”. O jovem ajoelhado jurava sobre a espada, que se manteria fiel à Deus, seus princípios, sua dama ou seu padrinho, o padrinho lhe entregava seu paramento(esporas de ouro, cota de malha, lança, etc.…), e lhe dava uma bofetada no rosto ou uma pancada com a base larga da espada nos ombros e dizia as “palavras da consagração”: Em nome de Deus, de São Miguel e de São Jorge, sagro-te cavaleiro.
Porém poucos cavaleiros foram fiéis a ideologia não escrita da cavalaria: generosidade, fidelidade, defesa dos fracos contra o abuso dos poderosos. Não ferir o cavalo de um inimigo, não atacar muitos contra um, não gabar-se das façanhas em batalha e servir a mulher amada, eram as bases do cavalheirismo. E muitas vezes o cavaleiro se apaixonava por uma mulher que jamais viu e só tinha ouvido falar, cortava o cabelo em sinal de dedicação, e acorria ao castelo da nobre dama, na esperança de vencer um torneio e receber um olhar ou um sorriso de sua musa.
Também existia a FRATERNIDADE D’ARMAS, onde dois cavaleiros faziam um pacto que só seria desfeito com a morte, onde eles ou trocavam suas armas ou executavam um ritual de fidelidade: a partir deste momento, vestiam se igual, combatiam juntos e corriam os mesmos riscos, ajudando-se mutuamente.
É nisso que se embasa o ritual da ordem DeMolay, onde os princípios da cavalaria estão mais fortes do que nunca, os antigos estandartes podem ser vistos em qualquer encontro que tenha mais de um capítulo, o respeito e a veneração à mulher é o mesmo, o respeito e a cortesia são, sem sombra de dúvida, o cartão de visita de um DeMolay.
Para muitos uma reunião DeMolay nada mais é do que uma versão do século XX das histórias da “Távola Redonda” do rei Arthur, a própria cerimônia de posse do Mestre Conselheiro Nacional é inspirada na coroação dos Reis da Bretanha.
No Grau Iniciático, o jovem, já em sua Iniciação, percorre a marcha dos cavaleiros cruzados, rumo à Terra Santa, buscando as mesmas virtudes básicas para sua coroação, na Terra Santa de Jerusalém(oriente do capítulo), no Grau Iniciático, é feita a aceitação do Neófito à “Fraternidade D`Armas”, passando a possuir os segredos que unem o DeMolay a todos outros irmãos no mundo inteiro.

A Igreja Medieval


A Igreja foi a base da cultura medieval, influenciando as artes, nos pensamentos, na cultura e na política, ninguém podia contestá-la ou posicionar-se contra a mesma.
O Mundo Ocidental encontrava-se em caos e a igreja aproveitou-se deste fato se tornou a mais importante instituição da era medieval, pois era a única à possuir uma hierarquia, estrutura centralizada, autoritária e supranacional.
Durante essa época instituiu-se o papado ou o governo da Igreja, sendo o papa o sucessor legitimo de São Pedro, era o representante de Cristo e o rei nos Estados Pontifícios e seus sacerdotes eram o poder legislativo.
Uma paróquia era um pequeno distrito, cuja organização e administração era feita por um parócono, os bispos governavam uma diocese e administravam a justiça em nome da Igreja e o papa era a suprema autoridade.
Havia também o clero regular que vivia em uma comunidade isolada, em seus mosteiros. O conjunto de conventos que obedeciam a mesma regra chamava-se ordem (como a dos Templários), algumas ficaram conhecidas por ordens medicantes, em virtude do voto de absoluta pobreza de seus membros.

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Que o Grande Arquiteto esteja conosco,
Capitulo Obreiros do Século XXI.

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