quinta-feira, 24 de março de 2011

Contexto Histórico- Parte 2

Irmãos, hoje daremos continuidade ao nosso estudo para conquistarmos o Grau DeMolay.
Abaixo, segue a segunda parte do Contexto Histórico da Ordem DeMolay:

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As Cruzadas


As cruzadas ocorreram entre 1096 e 1270(Baixa Idade Média), e foram oito, eram expedições militares e religiosas empreendidas pela Cristandade do Ocidente contra os Sarracenos(Muçulmanos), e tentavam libertar a Terra da vida e morte de Jesus da administração muçulmana e chamava-se Cruzada devido aos seus participantes usarem uma Cruz Vermelha no peito.
As causas das cruzadas eram várias, a necessidade de alimentar o caráter bélico dos fidalgos. Nessa época era comum nobres formarem exércitos dentro de seus feudos e lutarem apenas por prazer. Essas batalhas, muitas vezes, ocorriam em plantações, destruindo lavouras e ocasionando fome, como as terras eram da igreja ela, para não perder suas plantações, transferiu suas batalhas para Jerusalém e toda Terra Santa, além disso a Europa tinha uma superpopulação e não tinha meio de sustentar todos.
Como não conheciam a tática inimiga, os exércitos se especializaram, criando assim, as Ordens Militares, como a dos Templários que protegiam os peregrinos que iam à Jerusalém, e a dos Hospitalários que além de combaterem, cuidavam de cavaleiros feridos em combate.
As conseqüências das cruzadas foram positivas, politicamente enfraqueceu o feudalismo dando mais autoridade ao Rei, na economia, houve um aumento de comércio com o Oriente, criando assim cidades comerciais e portuárias e criando, assim, a burguesia e culturalmente o intercâmbio com o Oriente trouxe um novo pensamento e um progresso nas artes e ciências.

A Criação da Ordem dos Templários


Era uma terça-feira, dia 27 de Novembro de 1095, o Papa Urbano II lançou a Primeira Cruzada acompanhada pelo clamor de “Deus lo volt!”(Deus deseja-o). O Papa afirmava que lançou a Cruzada devido a perseguição religiosa imposta pelos lideres Muçulmanos em Jerusalém, mentira, os muçulmanos pregavam a tolerância religiosa, ou seja, se o cidadão não fosse muçulmano, mesmo assim, ele poderia freqüentar a Terra Santa, alguns cristãos de Bizâncio requeriram um pequeno exército por questões fronteiriças, em pouco tempo um enorme Batalhão Cristão invadiu o Oriente Médio, os muçulmanos, pegos de surpresa, não resistiram e em 1099, Jerusalém sucumbiu, assim como havia com outros principados em seu arredor.
No dia 12 de junho de 1118, ocorreu o nascimento da Ordem do Templo, onde Hugh de Payens e outros oito nobres reunidos na Cripta do Castelo de “Arginy” próximo à Lion, iniciaram uma prodigiosa aventura, sem autorização real ou papal, seus nove primeiros cavaleiros, que denominavam-se “Pobres Soldados de Cristo”, foram para a Terra Santa onde, durante nove anos não combateram, fizeram apenas um retiro espiritual, a Ordem não parecia crescer então Balduino II doou a Mesquita de al-Aqsa na Montanha do Templo, para ser usada de quartel-general, acreditava-se que este era o antigo Templo de Salomão, levando os Templários à uma vida de estilo monástico, seu símbolo era um cavalo com dois cavaleiros, para exaltar seu voto de pobreza.
Um concilio reuniu-se e a Igreja reconheceu-os, desde então a Ordem nunca mais foi a mesma, este reconhecimento ocasionou aos Templários o direito de proteger o Santo Graal e a arca da “Antiga e Nova Aliança” e o Papa Inocêncio II escreveu uma Bula determinando que os Templários deviam obediência somente ao Papa, podendo atravessar fronteiras livremente, possibilitando, assim, a formação de um grande exército e uma poderosa frota; para alimentar-se e manter-se equipado compravam fazendas e fábricas e o dinheiro que sobrava(era muito devido ao voto de pobreza de seus membros), era reinvestido e emprestado; a Igreja impediu a usura, por isso, as doações passaram a ser de terras e materiais; além dos treinos(o único exército que treinava nesta época), tinham reuniões e iniciações secretas, que os levou ao fim posteriormente.
Logo após constituírem um grande exército, os Templários mudaram seu propósito e deixaram de proteger os peregrinos na Terra Santa e começaram à querer tomar as terras muçulmanas, então São Bernardo convocou outra Cruzada, comovendo os cavaleiros europeus que queriam tomar posse dos grandiosos resgates do Oriente. O Papa Eugênio convocou outra Cruzada e instituiu o Símbolo Templário, a Cruz Templária seria usada no lado esquerdo do peito de todos os robes brancos que os Templários usavam em batalha, esta cruzada, acreditam alguns, foi comandada por Ricardo Coração de Leão.
Nos cem anos seguintes, os Templários lutaram ao lado dos Cruzados contra tudo e contra todos, ao lado de Ricardo Coração de Leão, ganharam o respeito e o medo de Saladino, então cometeram seu grande erro, envolveram-se diretamente com a política Européia, Inocente III, estava preocupado com o seu poder, por isso convocou uma cruzada para combater um grupo de hereges chamados Cátaros, ao sul da França, os Templários foram os responsáveis.
Os Templários preocuparam-se tanto com a Europa que esqueceram a Terra Santa e reino após reino caiam no Oriente e em 1291 o forte em Sidon, ultima edificação de domínio Templário, cedeu e os templários estavam sem nenhuma base ou posto militar na Terra Santa e acreditaram que o pior tinha acontecido, mas nada é tão ruim que não possa piorar.
Na França, já em 1293, elegeram Jacques DeMolay Grão-Mestre Templário. A França tinha como rei Filipe o Belo, que tinha emprestado uma boa quantidade de dinheiro dos Templários, Filipe estava tão transtornado com assuntos papais que seria capaz de colocar um Papa marionete no Trono de São Pedro. Em 1306, preocupado com suas dividas, arquitetou um plano para tomar posse dos tesouros templários. Somente poderia fazê-lo se os Templários cometessem o crime de Heresia. Então em 13 de outubro o Papa determinou que fossem presos todos os Templários franceses, traindo o único exército que lhe servia piamente. O Papa então pediu aos lideres Cristãos que reconhecessem a liderança de Filipe, começando, assim, a tortura aos Templários.
Os Templários viram-se obrigados à reconhecer como verdadeiras qualquer asneira inventada, desde adoração ao demônio até homossexualismo. Em pouco tempo a Ordem ruiu em todos os países.
Os Grão Mestre da Ordem dos Templários
Hugh de Payens 1118-1136
Everard des Barres 1146-1149
Andre de MonthBard 1153-1156
Philip de Milly 1169-1171
Arnold de Toroga 1179-1184
Robert de Sable 1191-1193
Philip de Plessiez 1201-1208
Pedro de Montaigu 1219-1230
Richard de Bures 1245-1247
Reynald de Vichiers 1250-1256
William de Beaujeu 1273-1291
Robert de Craon 1136-1146
Bernard de Tremelai 1149-1153
Bertrand de Blanquefort 1156-1169
Odo de St Amand 1161-1179
Gerard de Ridfort 1185-1189
Gilbert Erail 1193-1200
Armand de Perigord (?)- 1244
William de Sonnac 1247-1250
Thomas Bernard 1256-1273
Tibald de Gaidin 1291-1293
JACQUES DEMOLAY 1293-1314

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Que o Grande Arquiteto do Universo esteja conosco,
Capitulo Obreiros do Século XXI.

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